30/11/2008

Reflexo

Ingenuidade, nunca pensei sê-lo, não o sou, ou melhor, não o quero ser.
Mas a verdade é que ignorei a única coisa que não deveria ignorar, eu própria.
No fim, a única pessoa com quem poderia contar era comigo, e nem mesmo assim foi.
Comecei a perder partes de mim, mas não porque mas roubavam, mas sim porque eu as perdia, as censurava.
E lá estava eu a ser aquilo que os outros queriam que eu fosse, e não o que eu realmente era.
Quando dei por mim já estava tão avançado que eu me tinha tornado naquilo que eu mais odiava.
Olhava para o espelho e não era eu, via uma pessoa cínica e má.
Mas isso acabou, acabou por aqui, acabou!
Eu reencontrei-me, reencontrei aquilo que sou pois eu reconheço o meu reflexo quando o vejo, mesmo no escuro, mesmo na excessiva luz, reconheço-me a mim.

Sem comentários: