Somos umas coisas, aparentamos ser outras.
Dizemos umas, fazemos outras.
Contradizemo-nos muitas vezes.
Mudamos o nosso discurso de maneira a adaptar-se aos desejos do nosso ouvinte.
Dizemos aquilo que o agrada, engolimos cada palavra desagradável que possa ser vomitada, comprometendo a nossa posição, e talvez a maneira como o ouvinte nos vê e aquilo que deduz (e deduz mal) acerca daquilo que aparentamos ser, sim, aparentamos.
Já fui hipócrita, sou "obrigada" a sê-lo em diversas situações.
Odeio hipocrisia, mas quando vem de alguém próximo, sente-se a facada muito mais próximo de zonas vitais.
Quando a hipocrisia é demasiado visível ainda me angustia mais, quando claramente a pessoa diz algo com outras intenções, manipulando, trocando as posições, levando-me a crer que eu estou errada, duvidando da minha própria ideia.
Actuações não.
Falsidades não.
Demagogia não, obrigada.
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