04/04/2010

Santuário

Em tempos não queria dormir com medo de não acordar, medo este que me recordo de o ter na minha infância. Agora essa ideia parece-me agradável o suficiente para querer adormecer, sonhar e voar para sempre.
Ultimamente o meu acordar segue-se de um terrível nó na barriga, um sentimento de infelicidade - era só um sonho, nada foi real.
Queria que fosse.
Pois acordada a dor existe.
Acordada não tenho a capacidade de desfazer erros.
Nesta realidade aquilo que eu quero não passa de um sonho longe de algum dia aspirar ser real.
Antes não queria dormir, agora o sono é o meu santuário.
E lá estou salva e segura.

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