21/11/2009

Julgando Livros pela Capa

Numa sociedade em que as aparências são tudo e a primeira impressão é mais importante, aqueles que são realmente importantes e interessantes tornam-se fantasmas invisíveis quer na luz, quer na sombra.
Pelo que vejo o "não se julga um livro pela capa" tornou-se uma mera anedota num mundo desligado de qualquer trabalho que se tenha que ter para "ler" o livro...ou a pessoa.
Limitamo-nos a olhar e a julgar o próximo, a ver e o adivinhar (mal) aquilo que transparece (muitas vezes mal) de cada alminha que caminha, que fala e que pensa.
Resta-nos o quê? Mudar a aparência?
NÃO, não é o aspecto que está mal, mas sim os estereótipos que cada um adopta.
Não é a capa que está mal, é o conteúdo que não presta.
Os melhores interiores normalmente variam na razão inversa dos melhores "looks".
Não neguem que não pensam assim, mentir sobre isto é no mínimo escusado, se não, ridículo.
Só de pensar que de tal calúnia somos capazes solto uma gargalhada enorme que me deixa aziada perante essa que é também uma capacidade minha.
Critico-me a mim, faço parte deste movimento de massas, pertenço à crueldade e ignorância da vida em comunidade.
Sou tão imperfeita como cada um de vós, limito-me somente a admiti-lo perante quem quiser testemunhar...

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