01/12/2009

Humanidade

Se fosse grega perguntar-me-ia "foi para isto que Prometeu se submeteu ao sofrimento eterno?".
Sejamos o que sejamos, criados por um Deus ou não, foi-nos oferecida a capacidade de raciocinar, de evoluir e de criar, mas tão grandes foram as nossas descobertas como os problema que a nós próprios nos submetemos.
Se criámos a Música, destruímos o amor.
Se criámos Arte, destruímos a esperança.
Se ajudamos aqueles em mais perigo, foi porque os pusemos nessa situação.
Se criámos a Tecnologia, ignorámos a perfeição daquilo que é São e Natural.

Prometeu "mostrou-nos" o fogo e com ele desenvolvemos grandes artifícios, mas com ele também aprendemos a matar, pilhar e a exterminar facilmente.
Não estaríamos melhor se nos guiássemos apenas por instinto animal, e nos comportássemos com tal, mas sem a razão, simples, como tribos indígenas dos confins da Amazónia?
É este o nosso destino, destruir aquilo que era belo e definir a nossa própria noção de beleza com coisas artificiais.

Chegamos até aqui para cair desastrosamente no chão, voltando ao ínicio de tudo, comportando-nos como animais, mas usando tudo aquilo que devasta.


"Quanto mais conheço as pessoas mais gosto do meu cão."
Blaise Pascal

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